UNMDP > Facultad de Humanidades > Publicaciones > Revistas

 

Magallánica : revista de historia moderna - Año de inicio: 2014 - Periodicidad: 2 por año
https://fh.mdp.edu.ar/revistas/index.php/magallanica - ISSN 2422-779X (en línea)

Vice-reis portugueses nos estados da Índia e do Brasil: êxitos e fracassos em seus governos

María Fernanda Bicalho

Resumen


O propósito desse artigo é refletir sobre as venturas e desventuras de três vice-reis portugueses nomeados para os Estados da Índia e do Brasil no delicado contexto da anexação de Portugal à Monarquia hispânica e do movimento de Restauração (1640-1668), conjuntura por muitas suspeitas sobre a fidelidade ou traição dos súditos portugueses: D. Francisco da Gama, 4º Conde de Vidigueira, por duas vezes vice-rei na Índia (1597-1600 e 1622-1628), D. Jorge de Mascarenhas, 1º Marquês de Montalvão, vice-rei no Brasil entre 1639 e 1641, e D. Vasco de Mascarenhas, Conde de Óbidos, vice-rei na Índia em 1652 e1653 e no Brasil entre 1663 e 1667. Meu interesse por suas trajetórias surgiu inicialmente não por seus atos ou obras no ultramar, e sim pelo fato de os dois primeiros terem desempenhado, além de outros cargos na alta administração de Portugal, a presidência do efêmero Conselho da Índia (1608-1614) e do Conselho Ultramarino, a partir de sua instituição, em 1643.


Palabras clave


vice-reis; Estado da Índia; Estado do Brasil; Conselho da Índia; Conselho Ultramarino.

Texto completo:

PDF HTML

Referencias


Fontes primarias

Relação sobre a precedência que se deve dar ao Conselho da Índia entre os mais conselhos e tribunais do reino. Biblioteca do Palácio Nacional da Ajuda, Lisboa, Cód. 51-VI-54, fls 69-77v.

Protesto do Conde de Vidigueira sobre a extinção do Conselho da Índia. Biblioteca Nacional de Espanha. Mss 9379, fls. 144-145

Fontes secundarias

ALDEN, D., (1968). Royal Government in Colonial Brazil. With special reference to the administration of the Marquis of Lavradio, Viceroy, 1769–1779, Berkeley/Los Angeles: University of California Press.

ARAÚJO. E. L., (2019). A arte de mandar: Trajetória de um nobre português a serviço do império – Bahia, Portugal, Goa, século XVII, Salvador: Edufba.

AVELAR, P., (2012). De Afonso de Albuquerque a Vassalo e Silva, Alfragide: Texto.

BARRIOS, F., (Ed.) (2004). El gobierno de um mundo. Virreinatos y Audiencias em la América hispánica, Cuenca: Ed. de la Universidad Castilha-La Mancha.

BARROS, E. S., (2008). Negócios de tanta importância. O Conselho Ultramarino e a disputa pela condução da guerra no Atlântico e no Índico (1643-1661), Lisboa: CHAM/FCSH/UNL.

BETHENCOURT, F., (1997). “O Estado da Índia”. En F. BETHENCOURT & K. CHAUDHURI, (Dirs.), História da Expansão Portuguesa (vol. 2, pp. 284-314). Lisboa: Círculo dos Leitores.

BICALHO, M. F., (2007). “Inflexões da política imperial no reinado de D. João V”. Anais de História de Além-Mar, Nº 8, pp. 37-56.

BICALHO, M. F., (2012). “Gobernadores y virreyes en el Estado do Brasil: dibujo de uma corte virreinal?”. En P. CARDIM & J-L. PALOS (Eds.), El mundo de los virreyes en las monarquias de España y Portugal (pp. 391-414). Madrid / Frankfurt am Main: Iberoamericana / Vervuert.

BICALHO, M. F., (2010). “As tramas da política: conselhos, secretários e juntas na administração da monarquia portuguesa e de seus domínios ultramarinos”. En J. FRAGOSO & M. F. Gouvêa (Org.), Na trama das redes. Política e negócios no império português, séculosXVI-XVIII (pp. 343-371). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

BICALHO, M. F. & COSTA, A., (2017). “O Conselho Ultramarino e a emergência do secretário de Estado na comunicação política entre reino e conquistas”. En J. FRAGOSO & N. G. MONTEIRO (Org.), Um reino e suas repúblicas no Atlântico. Comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola nos séculos XVII e XVIII (pp. 137-158). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

BICALHO, M. F., (2021). “`Sobre este modo de resolver e despachar os negócios´. El declive del Conselho Ultramarino y el auge de los secretarios de Estado en Portugal durante la primera mitad del siglo XVIII”. Espacio Tiempo y Forma, vol. 34, pp. 47-68.

BICALHO, M. F., (2022). “Os Conselhos da Índia e Ultramarino, a Secretaria de Estado e a circulação de saberes no império português”. Reflexos: Revue pluridisciplinaire du monde lusophone, vol. 5, pp. 1-32.

BORGES, G. A., (2014). Um império ibérico integrado? A união ibérica, o Golfo Pérsico e o império ultramarino português (1600-1625). (Tese de doutorado em História). European University Institute: Florença.

BOUZA ÁLVAREZ, F., (2000). “A ‘saudade’ dos reinos e a ‘semelhança do rei’. Os vice-reinados de príncipes no Portugal dos Filipes”. En F. BOUZA ÁLVAREZ, Portugal no tempo dos Filipes. Política, cultura, representações (1580-1668) (pp. 109-126). Lisboa: Edições Cosmos.

BOUZA ÁLVAREZ, F., (2000a). “Entre dois reinos, uma pátria rebelde. Fidalgos portugueses na monarquia hispânica depois de 1640”. En F. BOUZA ÁLVAREZ. Portugal no tempo dos Filipes. Política, cultura, representações (1580-1668) (pp. 271-291). Lisboa: Edições Cosmos.

BOXER, C. R., (1969). The Portuguese Seaborne Empire, 1415-1825, London: Hutchinson and Co.

CARDIM, P. & PALOS, J-L., (Eds.) (2012). El mundo de los virreyes en las monarquias de España y Portugal, Madrid / Frankfurt am Main: Iberoamericana / Vervuert.

CARDIM, P. & MIRANDA, S. M., (2012). “Virreyes y gobernadores de las posesiones portuguesas en el Atlántico y en el Índico (Siglos XVI-XVII)”. En P. CARDIM & J-L. PALOS (Ed.), El mundo de los virreyes en las monarquias de España y Portugal (pp. 175-202). Madrid / Frankfurt am Main: Iberoamericana / Vervuert.

CARDIM, P., (2017). Portugal y la Monarquía Hispánica (ca. 1550- ca.1715), Madrid: Marcial Pons Historia.

CARDIM, P., (2022). “Conquista, província, colônia e reino. O lugar do Brasil e dos seus habitantes na estrutura político-jurídica da monarquia portuguesa (c.1500-c.1820). En A. P. MEGIANI & M. MIRANDA (Org.), Cultura política e artes de governar na época moderna (pp. 45-102). Porto: Editora Cravo.

COSENTINO, F. C., (2009). Governadores Gerais do Estado do Brasil (séculos XVI-XVII). Ofício, regimentos, governação e trajetórias, São Paulo/Belo Horizonte: Annablume/FAPEMIG.

CUNHA, M. S. & MONTEIRO, N., (1995). “Vice-reis, governadores e conselheiros do governo do Estado da Índia (1505-1834). Recrutamento e caracterização social”. Penélope. Fazer e desfazer a História, Nº 15, pp. 91-120.

CRUZ, M. A. L., (1998). O Tratado dos Gama de Diogo do Couto”. Oceanos, Nº 33, pp. 117-134.

CRUZ, M. D. & FRAGA, J., (2021). “A governação do Brasil no tempo de Castelo Melhor”. En A. L. FARIA & N. G, MONTEIRO (Org.), Castelo Melhor e seus tempos (1635-1720) (pp. 103-130). Lisboa: Centro de História/Universidade de Lisboa.

FERREIRA, J. M. M., (2011). A Restauração e o Estado da Índia. Agentes, espaços e dinâmicas. (Dissertação de Mestrado em História Moderna e dos Descobrimentos). Lisboa: FCSH/Universidade Nova de Lisboa.

FIGUEIREDO, L. R. A., (2001). “O império em apuros. Notas para o estudo das alterações ultramarinas e das práticas políticas no império colonial português, séculos XVII e XVIII”. En J. F. FURTADO (Org.), Diálogos oceânicos. Minas Gerais e as novas abordagens para uma história do império ultramarino português (pp. 197-254). Belo Horizonte: Editora UFMG.

FIGUEIREDO, L., (2022). “Governadores governados. Um breve panorama das lutas políticas no contexto atlântico, 1635-1689”. En L. M. B. P. NEVES, J. D. RODRIGUES & F. V. SANTOS (Org.), Revoltas no mundo atlântico: identidades, conflitos e protestos (séculos XVII-XIX) (pp. 17-46). Rio de Janeiro: Contra-Capa/FAPERJ.

FLORES, J. & MARCOCCI, G., (2018). “Killing Images: Iconoclasm and the Art of Political Insult in Sixteenth and Seventeenth Century Portuguese India”. Itinerario, vol. 42, Nº 3, pp. 461–489.

GAUDIN, G, & STUMPF, R., (Dir.) (2022). Las distancias en el gobierno de los imperios ibéricos. Concepciones, experiencias y vínculos, Madrid: Casa de Velázquez.

GOUVÊA, M. F. S., (2001). “Poder político e administração na formação do complexo atlântico português (1645-1808)”. En J. FRAGOSO, M. F. BICALHO & M. F. GOUVÊA (Org.), O Antigo Regime nos Trópicos: A dinâmica imperial portuguesa (séculos XVI-XVIII) (pp. 285-315). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

HESPANHA, A. M., (2001). “A constituição do império português. Revisão de alguns enviesamentos correntes”. En J. FRAGOSO, M. F. BICALHO & M. F. GOUVÊA (Org.), O Antigo Regime nos Trópicos. A dinâmica imperial portuguesa (séculos XVI-XVIII) (pp. 163-188). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

HESPANHA, A. M., (2023). “O modelo político do império colonial português”. En A. M. HESPANHA, Uma monarquia tradicional. Imagens e mecanismos da política no Portugal seiscentista (pp. 419-480). Lisboa: ICS.

LAVALLÉ, B., (Ed.) (2019). Los Virreinatos de Nueva España y del Peru (1680-1740). Un balance historiográfico. Madrid: Casa de Velázquez.

LOUREIRO, M. J. G., (2014). Justiam Dare: A gestão da monarquia pluricontinental. Conselhos superiores, pactos, articulações e o governo da monarquia portuguesa (1640-1668) (Tese de Doutorado em História Social). Universidade Federal do Rio de Janeiro: Rio de Janeiro.

LOUREIRO, M., (2022). “‘É uso do mundo dizer mal dos bons’: ruína e restauração do marquês de Montalvão sob as voltas da roda da fortuna”. Tempo, vol. 28, Nº 2, pp. 203-224.

LUZ, F. P. M., (1952). O Conselho de Índia. Contributo ao Estudo da História da Administração e do Comércio do Ultramar Português nos princípios do século XVII, Lisboa: Agência Geral do Ultramar.

MEGIANI, A. P., “Jorge de Mascarenhas”. En BRASILHIS Dictionary: Dicionário Biográfico e Temático do Brasil na Monarquia Hispânica (1580-1640). Disponível em: https://brasilhisdictionary.usal.es/pt/jorge-mascarenhas-primer-virrey-de-brasil-2/. Data de aceso: 10/07/2024.

MELLO, E. C., (2010). O Brasil holandês (1630-1654), São Paulo: Penguin Classics.

MONTEIRO, N. G. F., (2001). “Trajetórias sociais e governo das conquistas: Notas preliminaries sobre os vice-reis e governadores-gerais do Brasil e da Índia nos séculos XVII e XVIII”. En J. FRAGOSO, M. F. BICALHO & M. F. GOUVÊA (Org.), O Antigo Regime nos Trópicos: A dinâmica imperial portuguesa (séculos XVI-XVIII) (pp. 249-283). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

RODRÍGUEZ, M. R., (2011). La edad de oro de los virreyes. El virreinato en la Monarquía Hispánica durante los siglos XVI y XVII, Madrid: Ediciones Akal.

SALDANHA, A. V., (2001). As Capitanias do Brasil. Antecedentes, desenvolvimento e extinção de um fenómeno atlântico, Lisboa: CNCDP.

SANTOS, C. M., (1999). “Goa é a chava de toda a Índia”. Perfil político da capital do Estado da Índia (1505-1570), Lisboa: CNCDP.

SANTOS, C. M., (2012) “Los virreyes del Estado de la India en la formación del imaginario imperial portugués”. En P. CARDIM, P. & J-L. PALOS. (Orgs.), El mundo de los virreyes en las monarquias de España y Portugal (pp. 71-117). Madrid / Frankfurt am Main: Iberoamericana / Vervuert.

SUBRAHMANYAM, S., (1995). “O recuo do império, 1610-1665”. En S. SUBRAHMANYAM. O império asiático português, 1500-1700. Uma história política e econômica (pp. 207-256). Lisboa: Difel.

TERRASA LOZANO, A., (2009). “De la raya de Portugal a la frontera de guerra: los Mascarenhas y las prácticas nobiliarias de superviencia política durante la guerra de la Restauración”. En YUN CASALILLA, B. (Dir.), Élites sociales en la articulación de la Monarquía Hispánica, 1492-1714 (pp. 233-258). Madrid: Marcial Pons Historia.

THOMAZ, L. F. F. R., (1994). “Estrutura política e administrativa do Estado da Índia no século XVI”. En L. F. F. R THOMAZ, De Ceuta a Timor (pp. 207-243). Lisboa: Difel.

VALLADARES R., (2006). A independência de Portugal. Guerra e Restauração 1640-1668, Lisboa: Esfera dos Livros.

XAVIER, A. & CARDIM, P., (2006). D. Afonso VI, Lisboa: Círculo dos Leitores.

WHITE, L., (2010). “Agents of Empire and Family: The Mascarenhas Family and the Estado da Índia in the sixteenth and seventeenth centuries”. En J. P. COSTA & V. L. G. Rodrigues (Ed.), O Estado da Índia e os desafios europeus: Actas do XII Seminário Internacional de História Indo-Portuguesa (pp. 235-244). Lisboa: CHAM/CEPCEP.


Enlaces refback

  • No hay ningún enlace refback.



Copyright (c) 2025 Magallánica : revista de historia moderna

Licencia de Creative Commons
Este obra está bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-CompartirIgual 4.0 Internacional.


Magallánica : Revista de Historia Moderna es editada por el Grupo de Investigación en Historia de Europa Moderna de la Facultad de Humanidades de la Universidad Nacional de Mar del Plata y por la Red de Historia Moderna
Correo electrónico: magallanicahistoriamoderna@gmail.com | Web: http://fh.mdp.edu.ar/revistas/index.php/magallanica

ISSN 2422-779X (en línea)

Licencia Creative Commons se encuentra bajo Licencia de Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-CompartirIgual 4.0 Internacional

La Dirección no se responsabiliza por las opiniones vertidas en los artículos firmados.
Los derechos de reproducción o traducción de los artículos son reservados.

Por correspondencia y/o canje dirigirse a:  Departamento de Historia | Funes 3350 | (B7602AYL) Mar del Plata | Argentina


Resultados de evaluación:


Magallánica... es evaluada por:

    

 

      

Magallánica...se encuentra en las siguientes bases de datos:

 

 

    

 

     

 

Miembro de: