Tamaño de fuente: 

O artigo em tela reflete acerca de uma experiência educativa desde um contato pessoal com Movimento Cultural do Alto José do Pinho, comunidade situada na Zona Norte da cidade do Recife, no estado de Pernambuco, Brasil, durante os anos 1990. Descrevo os elementos que me levam a caracterizar essa experiência como de construção de subjetividades coletivas contra-hegemônicas. Assim, exponho algumas ações políticas/culturais, as narrativas cantadas por meio da estética punk e o despertar para o não silenciamento dos sujeitos que fizeram parte do Movimento Cultural do Alto José do Pinho. O trabalho foi desenvolvido a partir de dois relatos autobiográficos utilizando como abordagem metodológica a memória narrativa para evidenciar os componentes que serviram de dados para o referido estudo. Para nos ajudar a compreender a discussão foram utilizados como aporte teórico os seguintes autores: Larrosa (2015), Benjamin (1985), Garcia (2004), Hall (1996), Rancière (2009), Fanon (1968), entre outros pensadores que nutriram o debate. Nas considerações finais, destaco a importância da construção de subjetividades coletivas para o fomento de ações contra-hegemônicas, as quais causaram um deslocamento e cristalizaram maneiras de se opor as determinações sociais excludentes impostas pelo regime de poder.

memórias, experiência coletiva, subjetividades